Páginas

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Sobre bandas, $$ e egos

Do site Forme sua Banda, eu tiro algumas observações interessantes:

  • Muitos músicos são da periferia; entrei em contato com músicos de bairros que eu nem sabia que existia...
  • Muitos músicos pulando de banda em banda; são praticamente "mercenários" (e esse termo é bastante usado no meio), entram nas bandas quando precisam de dinheiro, e saem quando se enchem.
  • Tudo que você ouve falar sobre vocalistas é verdade; não precisa vir com mente aberta e falar, "não, esse negócio de ego é coisa do passado, hoje as pessoas já têm mais noção...". Nada disso. O povo já entra nas bandas com a intenção claramente colocada de ser "a cara da banda", o líder, o centro das atenções. E acha normal.
  • Muito vocalista que fica fazendo gemidinho, vibratinho e vozinha fina em tudo e acha bonito; ah, se eu pego o cara que começou com essa moda...
  • Muito músico de igreja;
  • Muito cara com vídeo porco no Youtube achando que tá arrasando;
  • A esmagadora maioria no site é metaleiro ou rock clássico;
  • Em seguida vêm os pagodeiros e os emocore-iros
  • Alguns poucos de Indie Rock
  • Alguns poucos de MPB
  • Alguns caras que dizem que querem tocar blues mas querem mesmo é tocar rock clássico
  • Alguns caras que dizem querer tocar jazz mas querem mesmo é tocar MPB
Enfim, vai ser difícil montar uma banda - banda no sentido original da palavra, não um vocalista comandando instrumentistas - para tocar Jazz, Blues e MPB - nessa ordem de prioridade...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

The fountainhead


All men are corrupt, anyone can be bought (...)

There is no honest way to deal with people
We have no choice except to submit or to rule them
I choose to rule. (Gail Wynand)


A building must have integrity, just like a man (...)
It must be true to its own idea, have its own form, serve its purpose
(Howard Roark)


Why don't you laugh at me now, you won.
I've no pride left to stop me.
I love you without dignity, without regret.
(Dominique Francon)


They hate you for the greatness of your achievement.
They hate you for your integrity.
They hate you because they know they can neither corrupt you nor rule you.
They will destroy you.
(Dominique Francon)


You must learn not to be afraid of the world, not to take any notice of it.
(...) They won't destroy me.
(Howard Roark)



To get things done, you must love the doing, not the people.
(...) My reward, my purpose, my life is the work itself.
My work done my way. Nothing else matters to me.
(...) You'll get everything that society can give you...
Take the money, the fame and the gratitude...
And I'll get something that nobody can give a man except himself.
(Howard Roark)


(phrases from the movie "The Fountainhead", based on homonimous novel by Ayn Rand)
(Esse filme é muito BOM!!!!)

domingo, 4 de setembro de 2011

Tá na hora de chutar o balde! #1

Sinceramente, eu não sei por que estou fazendo isso.

O que eu vou falar aqui não é nada de novo. E o papel de jovem indignado já é muito bem interpretado por outros por aí.

Mas... sinto que se eu não extravasar toda a raiva que consome meu coraçãozinho, eu vou me tornar uma pessoa mais amarga do que já sou e provavelmente terei problemas sérios de saúde logo em breve.

Então começo hoje a série "Tá na hora de chutar o balde!". Vou descer o pau. E pronto. E que se foda essa merda.

Chutando o balde #1: A porra da merda da "vida social" na internet
(a.k.a.  Talvez seja bom pensar o que o Facebook está fazendo pela sua vida, quando:)

1 - Você liga o computador para acessar o Facebook. Ou, se você é mais moderninho e tem mais recursos, você carrega o Facebook no bolso. Se você é dos que carrega no bolso, não consegue manter no bolso né? Fica checando essa porra do meio do rolê. Não tem nada para fazer? Entra no Face...

2 - Você entra na internet para checar o FB. Ou é o primeiro site em que você entra... Já abre a página do Face esperando ver as notificações em vermelho no canto superior esquerdo da página... e espera ver muitas.

3 - Você sente uma necessidade tremenda de ver "o que está acontecendo" por aí. Mesmo que não esteja acontecendo nada. Há mais de três horas. E você passou essas três horas vagando pelo FB, esperando alguma coisa acontecer. Se nada acontece, você posta qualquer merda.

4 - Você se preocupa mais com o que vão dizer sobre você em algum post, comentário em foto, ou resposta de um quiz babaca do que a opinião de seus amigos de longa data e familiares.

5 - Você acha que alguém vai se interessar por você se você colocar uma foto de perfil mais atraente. Ou encher a sua página com referências de autores (principalmente se forem filósofos, poetas e outros pensadores... e comunistas também, claro). Ou de bandas bem legais e alternativas (ou de "compositores poetas"). Quanto mais estranho/alternativo/nuncaouvifalarnavida forem suas referências, melhor...

6 - Você come em 20 minutos para ter 40 minutos a mais no chat do face. E toma banho em metade do tempo, para poder ter mais tempo no Face. Isso se você ainda toma banho ou já não passou a comer na frente do computador...

7 - Você passa boa parte do seu dia pensando em ou caçando algo curioso/divertido/engraçado/bizarro/escroto para postar no Face. Para receber um monte de comentários e inflar seu ego, claro.


8 - Você não tem coragem de lidar com as coisas cara a cara e fica mandando várias "indiretas" no seu mural. [Essa aqui para mim é o Ó do borogodó!]

9 - Você sente a necessidade extrema de mostrar o quanto você está feliz ou "curtindo" algo. A ponto de se preocupar mais em parecer feliz e receber atenção do que aproveitar de fato o que você está fazendo - ou curtir plenamente o que é que era para ser curtido. A ponto de valorizar mais a bajulação dos outros do que a sua felicidade de verdade.

10 - No oposto do exemplo de cima, você também sente a necessidade urgente de dizer o quanto você está tristinho, revoltado ou  chateado com algo/alguém. E claro, você quer atenção dos amiguinhos, né, seu zé coitado?

11 - Uma variante dos dois exemplos anteriores, mas também pode ser considerado um hábito à parte: você tem a necessidade de contar pro mundo cada coisinha que você faz ou que acontece na sua vida. Foda-se o que você acabou de comer, foda-se o que você quer comer, foda-se o que você vai comer! Você acha realmente que eu quero saber? E deixa eu te contar, em São Paulo sempre tem trânsito, SEU IMBECIL! Ah, tá fazendo um frio do caralho né? EU TO SENTIDO, porra. Você teve um porre do caralho ontem? Parabéns campeão! Tá doente? Fica longe de mim porra! Putz, você derramou seu cereal em cima do seu cachorro? Você é um jumento! Seu gato mijou no teu teclado? AZAR O TEU!

12 - Você tira fotos "pra postar no Face". Não porque elas representam um momento legal, ou porque você quer se lembrar dele. Não, você tirou a porra da foto para todos comentarem nela.

13 - Você fica acordado de madrugada quando tem que ir dormir, só pra ver se alguém comenta algo naquele seu post. Ou então abre o Facebook de 5 em 5 minutos no trabalho, pra ver se alguém comentou no caralho do teu post. Ou na aula... ou pára no meio da foda. Ou da final da Copa... pensando bem, no final da Copa não, porque todo mundo vai estar assistindo (a menos que seu post tenha sido por Mobile e seja sobre algo do jogo... mas nesse caso, meu amigo, você é um babaca!).

14 - Pra finalizar: você posta qualquer bosta, só para ter o que postar mesmo.

É isso. E não encham o meu saco com essas babaquices.

* Bonus!!!
15 - Você cria um post revoltado em um blog porque essa merda de Facebook tá começando a dominar a sua vida, embora esse caralho seja completamente inútil e irrelevante para a sua existência. Mas você não consegue se livrar dessa droga...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Pensamento do dia - Motivação


Quando se fala em motivação, é comum pensar no âmbito profissional. Mas a motivação se aplica a todos os aspectos da vida. Em Psicologia diz-se que a motivação é o impulso ou estímulo que direciona os esforços e movimento de um organismo a um objetivo (resumo e explicação porcos e simplórios de minha parte).

Então o que me motiva? O que me faz querer acordar de manhã, levantar e ir trabalhar? Ainda não tenho uma vida de responsabilidades plenas, não tenho que sustentar uma família inteira, não tenho pessoas dependendo de mim. Mas quando vejo as pessoas que carregam este tipo de fardo nas costas, muitas delas sem sequer reclamar, eu penso o quanto às vezes lidamos com injustificada ingratidão com nossos “problemas”, e como queremos sempre as coisas de maneira imediata, com o menor ou nenhum esforço.

Quando vejo uma pessoa que trabalha como empregada doméstica para ganhar pouco mais de um salário mínimo e com ele sustentar uma família inteira, e ainda ser capaz de amar e educar corretamente seus filhos no pouco tempo que lhe sobra, eu penso em como nos acostumamos a ser acomodados.

Quando vejo alguém de minha idade que dorme menos de 5 horas por dia, pois tem que trabalhar para poder pagar a faculdade, lembro como o ser humano possui um potencial incrível para superar qualquer adversidade se o desejo que carrega em seu peito for real.

No fim, o que me importa não é fortuna, prestígio ou sucesso profissional. Claro são importantes e fazem bem ao nosso ego, mas não são essenciais. Na verdade, se seguirmos a ordem lógica das coisas, isso tudo é resultdo, é consequência. Consequência de um trabalho bem feito, consequência de uma vida cheia de desejo, convicção e perseverança .

O que me motiva então? Viver sem deixar que meus medos me paralisem, sabendo que enfrentarei dificuldades, mas com a certeza de que se eu me empenhar e buscar meus sonhos, eu mesmo os farei reais. Me motiva ver a coragem dos outros, para que eu encontre a minha própria, me motiva ver o sucesso dos outros, para que eu deseje e desenhe o meu. Me motiva saber que embora deva fazer as coisas por minha própria conta e risco, não estou sozinho.

domingo, 28 de agosto de 2011

Pensamentos


Vida sonífera


*************


O mundo será completamente dominado pelas pessoas que falam muito e fazem pouco. É o fim da civilização ocidental.
Olhando por cima, os governos estão completamente sufocados pelas próprias leis e processos burocráticos. Olhando por baixo, os jovens estão cada vez mais desconectados dos motivos que levaram nossa sociedade a se organizar do jeito que se organizou. Idéias perigosas surgem na cabeça daqueles que só conhecem a abundância. Idéias como limpeza racial, defesa do vandalismo e até de guerra voltam a surgir conforme as guerras, as crises e os genocídios somem da memória das pessoas. Ninguém sabe o que é ter fome, ter sede, nem o que é perder pessoas amadas pela força da incompetência e da crueldade dos homens sem valores. A comida perdeu valor, a família perdeu valor. O valor se desloca das coisas que nos mantém vivos e sonhando na dificuldade, cada vez mais para se encontrar no ego e no prazer. O valor está em aparecer, no afago do ego. O valor está em ter o que os outros não têm, saber que causou inveja.


*******


Já ouviu falar em honra ao mérito? Em fazer por merecer? Pois é, vivemos na sociedade da honra ao fútil. Do não fazer mas merecer mesmo assim.




*************



Quando foi que o carro em que andamos tornou-se mais importante que a comida que comemos?
Quando foi que a atitude, a pose e a aparência dos músicos tornaram-se mais importantes que as notas das músicas que eles cantam?



*************


Não perca seu tempo reclamando da vida. Ela não vai ficar com dó de você.

(essa frase vai meio como um mea culpa dos textos anteriores. Eu sei que eu ando muito chato ultimamente...)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

600 Mb é bastante coisa

O último CD que comprei foi a 2 semanas, achei em promoção por 19,90 no Submarino e comprei sem pensar 2 vezes...
Faz tempo tenho essa de comprar pelo menos um CD de alguma banda que goste, mas aí começo a contar as bandas e os CDs e me desanima... Fora que tem várias bandas desconhecidas que eu ia ter que mandar importar a salgados dólares... E também que os últimos CDs que eu comprei eu acabei descobrindo que eu só gostava de umas 2 músicas e nem ouvi mais.
Num último argumento a favor das bandas, decidi que devia comprar álbuns que eu já tinha ouvido bastante, mesmo que não fosse ouvir mais, como forma de pagar o benefício passado. Mas aí pensei nas prateleiras e prateleiras que ia ter que usar para guardar tanto CD que eu não ia mais ouvir, no pó que ia juntar... Pensei então em comprar o disco digital na Internet. Mas aí não ia ter graça, eu não ia ter o encarte, não ia ter as fotos... Enfim, eu nunca me decido... Mas já é um passo eu ter comprado esse CD!
Outra coisa que fiz foi não me segurar na hora ir em shows e comprar lembranças... comprei uma camiseta do Iron por salgados 70 R$ no último show, e gostei bastante dela...

...

Esse CD em promoção que comprei me deu uma experiência interessante... Com os downloads de músicas tão fáceis, o ato de ouvir música virou meio que um ato de pesquisa, mais do que um momento de prazer. Eu fico ávido por conhecer novas bandas, por conhecer um som diferente, um som que expresse alguma idéia ou sensação que eu não consigo traduzir de outra forma, que eu não entenda muito bem, alguma batida diferente, algum uso criativo de instrumentos... E como nunca estou satisfeito, acabo nunca parando para curtir um álbum com calma.
Pois bem. Meu mini-system (aqueles aparelhos gigantes que a gente achava legal porque tinha uns detalhes cromados e rodava 3 discos dentro e que você trocava de um pra outro apertando uns botões) tem uns 8 anos de idade e não funciona mais. Estava com preguiça de ligar o computador, então resgatei nada mais nada menos que um disc-man!


Então fui lá, tirei a poeira do bicho, sentei na cadeira, peguei o encarte e fiquei lá ouvindo faixa a faixa acompanhando as letras com o encarte. As músicas nem eram daquelas sensacionais que eu digo "nossa, que achado!", até já enjoei da maioria, mas na hora senti que desenvolvi outro tipo de conexão com elas. Trata-se de uma disposição a ficar 40 minutos sem fazer nada além de ouvir e entender aquelas músicas que impõe mesmo um ritmo mais lento, uma forma diferente de ouvir música, um relacionamento mais íntimo ouvinte-artista.

Claro que tive a sorte do CD ser bom. Se fosse uma porcaria, não estaria escrevendo isso. Tem sempre o risco de comprar o álbum e não gostar. Por isso a proposta de comprar só CDs que você já sabe que gosta. Mas aí você não tem a experiência de descoberta que eu tive, e o CD vai direto pro armário... Enfim, não sei.  Compre produtos das bandas que você gosta, vá aos shows, compre CDs, divulgue o trabalho delas. E acho que a conclusão mais diferente do post: valorize e reconheça o fato de que há maneiras diferentes de apreciar música que não baixando gigas e gigas dentro do seu Ipod sem nem ouvir metade. O que não quer dizer que você não deva pesquisar bandas e ter músicas no HD que você não ouve porque não gostou e não deletou ainda.

...

Ah, o CD que eu comprei foi o Begin to Hope, da Regina Spektor.

sábado, 11 de junho de 2011

O paradoxo do consumo de lazer, entretenimento e cultura

Seja sincero: qual foi a última vez que você comprou um CD de música original?

Quantas músicas ou gigabytes em arquivos de música você tem no seu computador?

Você costuma pagar de R$30,00 a R$50,00 reais em um DVD original ou opta por pagar R$2,00 a R$3,00 em um "paralelo"?

E mesmo assim reclamamos do preço das entradas de cinema e teatro, dos ingressos de shows, etc...

Mas será que tudo isso é injustificado?

quinta-feira, 9 de junho de 2011

(para descontrair) Falta de tempo!

Você, como toda pessoa normal que vive essa vida maluca nesse país sem vergonha, nessa sociedade capitalista pós-moderna (prefiro o termo hipermoderna, mas isso não vem ao caso), provavelmente já se queixou da falta de tempo. Já desejou ter mais tempo hábil para fazer as coisas? Eu não sou vidente, mas acho que sim!

Entre correr de um lado para o outro entre compromissos - enfrentando o trânsito, CLARO - pegar filas e mais filas em todos os lugares, não achar vaga nem na rua nem em estacionamento, você se pergunta porque o dia não tem mais horas?

Você acha que se engolir rápido as refeições vai ter mais tempo de assistir televisão ou gastar suas preciosas horas livres vadiando no facebook e twitter conferindo os mais recentes eventos e acontecimentos pelas redes sociais.

Você até que gostaria que sua atividade favorita fosse remunerada, mas ela ainda é considerada um hobby. Então você perde muito tempo do seu dia "trabalhando" e ainda tem que gastar mais tempo ainda para ficar  postando sobre aquele sorvete que acabou de tomar, contando sobre o ônibus que perdeu, comentando sobre a chuva ou os incríveis ventos de terça-feira que só você presenciou.

Você passa horas em casa com preguiça de fazer suas tarefas e isso consome tanto do seu tempo que você nunca está disponível para sair com os amigos. Você adianta o seu relógio em, sei lá, 5 ou 10 minutos para não se atrasar, mas sempre acontece "alguma coisa" que faz com que você só saia de casa pelo menos uma meia hora DEPOIS do horário marcado para qualquer compromisso - e isso pelo horário correto.

Mesmo com todos os seus esforços, parece que o relógio sempre vence, não é mesmo? E você nunca consegue fazer tudo o que quer ou tudo o que PRECISA fazer. Alguma vez, já parou para pensar qual a causa disso?

Depois de muita pesquisa e investigação nesse campo, eu já estava ficando sem esperanças e quase me rendendo à idéia de que esse é um fenômeno inexplicável de origem desconhecida. Mas hoje eu tive um insight e fui conferir. Conferi uma, duas, dez vezes. Mudei as variáveis e conferi de novo.

Finalmente descobri QUEM (ou no caso, "o que" mais especificamente falando) está roubando o seu (meu, nosso) tempo! É o YouTube! Pã pã pããããã...

Aí o manolo pensa: "O que será que ele quer dizer com isso? Que eu gasto tempo demais vendo coisas inúteis no YouTube? Mas eu não vejo coisas inúteis, só gatos fofos, cachorros fofo, crianças fofas, piadas ruins, compilações de video-cassetadas, pessoas toscas que fazem todo tipo de coisa tosca... Só vejo as coisas interessantes!"

Mas não, não é isso - apesar de quem sabe talvez, só talvez, parar de ficar o dia inteiro na frente do computador seja uma boa idéia. O que eu descobri é mais assustador! O YT literalmente SOME com o tempo. Vá em qualquer vídeo e preste MUITA atenção no timer do video. O PENÚLTIMO segundo de qualquer video é simplesmente inexistente. Não acredita em mim? Faça o teste... abra um vídeo de qualquer duração, deixe ele carregar até o final e assista... quando estiver chegando ao fim, fique atento ao contador e verá que ele não marca o penúltimo segundo!

Já pensou quantos videos você viu no YT? Já pensou quantos segundos perdeu na sua vida inteira por causa do YouTube? Pois é, é bom pensar.

Agora eu tô pensando o que vou fazer com essa descoberta. Acho que vou levar para alguns jornais e tentar fazer um estardalhaço, as pessoas precisam se conscientizar! Penso até em entrar com uma ação contra o Google.

Será que eu ganho um Nobel com essa descoberta?

Eu não vou ver Strokes em novembro

Ontem os ingressos para o Planeta Terra se esgotaram em menos de 14 horas, segundo o site oficial do evento – e vários sites andaram reproduzindo a notícia em tom de alarde. Quanto tempo exatamente levou pouco importa, pois já não há um ingresso vendável para ver Strokes tocando no Playcenter dia 5 de novembro.

Esse fato me deixou chateado, porque eu até prentendia ir no Planeta Terra desse ano - ano retrasado não fui por pura burrice/preguiça e ano passado porque eu estava no meio do meu “retiro sabático/jornada espiritual” em Piçarras.

Meu colega de banda já havia dito há algumas semanas que iria comprar os ingressos sem falta ontem pois não queria correr o risco de ficar sem. Ainda não falei com ele para saber se ele logrou ou não, mas achei, na época, que ele estava sendo um pouco precipitado e neurótico. Ano passado os ingressos esgotaram bem antes da data do evento, mas rodaram aí pelo menos uns 2 meses sendo vendidos – lembro quando o quarto e último lote esgotou e eu me senti a pessoa mais burra do mundo por não ter comprado antes, porque tive várias oportunidades. No final das contas, pra mim acabou sendo indiferente porque eu já nem estava por aqui, mas a questão não é essa.

Não é a primeira vez que isso acontece, então eu não me espantei. O problema é que eu acho odioso todos os perrengues pelos quais temos que passar para poder se divertir por essas terras tupiniquins. Lazer, cultura e entretenimento (com alguma qualidade) ainda são privilégios da classe-média e média-alta (classes mais elevadas não têm esse tipo de preocupação, elas têm acesso ao que quiserem, aqui ou lá fora). Mesmo assim, ainda é custoso demais poder apreciar essas coisas, até para quem tem condições para isso.

Digo custoso porque não estou falando somente de dinheiro. Estou falando de nos submetermos (conscientes ou não) a vários tipos de abusos morais para poder usufruir destes momentos de lazer. Desde os preços exorbitantes (de TUDO, não apenas dos ingressos), até ter que lidar com cambistas safados, ter dificuldades de locomoção e acesso, se preocupar com segurança, ter de pagar (caro) por tudo e ter produtos e serviços cuja qualidade não condiz com o valor pago. Gastamos muito para poder “curtir”. Perdemos horas em filas, na frente do computador, no telefone; o stress que passamos e o trabalho que temos é desproporcional aos valores monetário e temporal da diversão. É tudo muito ridículo e parece que estão sempre a rir das nossas caras enquanto lucram com isso.

Eu já me cansei dessa situação e por isso resolvi fazer uma análise mais profunda sobre esse assunto. Como é um tema amplo e que envolve muitas coisas mesmo, eu vou postar minhas análises e opiniões em partes, cada uma sobre um ponto ou aspecto mais específico. Então esse vai ser o primeiro tema recorrente do blog: as garras da “indústria de entretenimento”.

Já estou preparando o primeiro texto e pretendo postar na sexta-feira.

Por ora, é isso.

Abraços,
Gab

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sim, mais um

Obrigado Gabs, primeiro por ler meu blog, e principalmente por gostar dele. Fico feliz de verdade que ele tenha te inspirado! E também por esse novo blog, por acreditar que juntos podemos produzir coisas boas.

Vou dar minha primeira contribuição com um pouco sobre pensar, escrever e compartilhar idéias:

Essa coisa de pensar, realmente cada vez mais acredito que é importante saber estruturar suas idéias com começo, meio e fim, e de maneira capaz de convencer seus leitores.

Tive uma época de devaneios, de pensamentos lá longe, sem contorno, sem estrutura e com alta carga intuitiva. Pensamentos difíceis de traduzir e de expor em palavras e que são, por consequencia, pensamentos que só ficam presos dentro de mim, e que nunca posso compartilhar.

Por mais que esses pensamentos um dia tenham feito sentido para mim, é preciso reconhecer que vivo em sociedade, e que nesse contexto uma idéia que não pode ser compartilhada nem compreendida por terceiros não tem valor senão para retro-alimentar um mundo em que só minhas idéias têm voz. Um mundo isolado, em que as idéias apenas são refraseadas e reafirmadas, com frequencia de renovação baixa demais para ser considerado saudável.

Por isso não é a toa que meu blog ultimamente tenha tido mais conteúdo dissertativo, mais pequenas histórias, mais opiniões concretas sobre assuntos mais próximos da realidade. E também não é a toa que eu tenha escrito lá com frequencia, porque tenho tantos pensamentos dentro de mim que sinto que consigo traduzir cada vez melhor; sinto que consigo achar cada vez mais pensamentos próximos da vida em sociedade, cada vez mais pensamentos agradáveis para mais gente. Tudo isso porque entendo que compartilhar é renovar. As idéias têm que circular, assim como a água e o ar circulam pelo mundo. É com isso que espero contribuir neste blog!

Antonio

sagaz e mordaz... mais um blog?

Esses dias eu estava lendo e relendo umas coisas que postei no delícias do gab e também lendo alguns blogs de amigos, particularmente de um grande amigo meu, o Antonio e notei que ele também anda postando coisas no blog dele com alguma frequência.

Eu tenho o meu blog pessoal já faz algum tempo (8 anos para ser exato) e ele já passou por tantas mudanças (de provedor, de endereço, de nome, de conteúdo). Hoje ele meio que serve para eu postar minha parca produção literária digna de um pseudo-aspirante a poeta. E eventualmente eu conto algum caso ou desabafo.

Já me disseram antes para eu começar a escrever sobre temas específicos em vez de apenas publicar poemas ou coisa parecida. Para ser bem sincero, acho que faz muito tempo que eu não escrevo uma dissertação ou algo do gênero. Nem ensaios, contos ou coisa parecida.

E vendo os posts do Antonio, me animei a finalmente montar um blog com essa característica: escrever sobre alguma coisa mais "concreta", com começo, meio e fim, expondo um ponto de vista, defendendo uma opinião - ou propondo uma reflexão.

Como fui inspirado por ele, resolvi chamá-lo para colaborar com o blog e postar aqui também. A princípio não há nada definido quanto à frequência das postagens, quem posta o quê, etc, mas essas coisas vão se arranjando.

Eu escolhi esse nome porque gosto de pensar e consequentemente, de fazer as pessoas pensarem. Gosto de humor ácido e ao mesmo tempo perspicaz - sutil ou não. Não gosto de piada pronta ou texto mastigado. Gosto do exercício de observar, analisar, abstrair. Minha intenção é que os textos publicados aqui possam instigar a curiosidade de quem lê, mostrar uma outra perspectiva, incentivar a reflexão - ou simplesmente entreter por alguns minutos ou horas.

Ainda essa semana eu vou postar o primeiro texto e dar mais detalhes de como vai funcionar aqui. Aguardem.

Abraços a todos,
Gab