Vida sonífera
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O mundo será completamente dominado pelas pessoas que falam muito e fazem pouco. É o fim da civilização ocidental.
Olhando por cima, os governos estão completamente sufocados pelas próprias leis e processos burocráticos. Olhando por baixo, os jovens estão cada vez mais desconectados dos motivos que levaram nossa sociedade a se organizar do jeito que se organizou. Idéias perigosas surgem na cabeça daqueles que só conhecem a abundância. Idéias como limpeza racial, defesa do vandalismo e até de guerra voltam a surgir conforme as guerras, as crises e os genocídios somem da memória das pessoas. Ninguém sabe o que é ter fome, ter sede, nem o que é perder pessoas amadas pela força da incompetência e da crueldade dos homens sem valores. A comida perdeu valor, a família perdeu valor. O valor se desloca das coisas que nos mantém vivos e sonhando na dificuldade, cada vez mais para se encontrar no ego e no prazer. O valor está em aparecer, no afago do ego. O valor está em ter o que os outros não têm, saber que causou inveja.
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Já ouviu falar em honra ao mérito? Em fazer por merecer? Pois é, vivemos na sociedade da honra ao fútil. Do não fazer mas merecer mesmo assim.
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Já ouviu falar em honra ao mérito? Em fazer por merecer? Pois é, vivemos na sociedade da honra ao fútil. Do não fazer mas merecer mesmo assim.
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Quando foi que o carro em que andamos tornou-se mais importante que a comida que comemos?
Quando foi que a atitude, a pose e a aparência dos músicos tornaram-se mais importantes que as notas das músicas que eles cantam?
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Não perca seu tempo reclamando da vida. Ela não vai ficar com dó de você.
(essa frase vai meio como um mea culpa dos textos anteriores. Eu sei que eu ando muito chato ultimamente...)
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