sagaz e mordaz
Falando merda sobre as merdas da vida...
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Incompetência conveniente
Esses dias meu banco quase me roubou 70 reais, e ainda quer me roubar 70 reais todos os anos. Esses dias uma loja na internet quase me roubou, e ainda arrisca roubar, 185 reais.
O problema do banco foi uma (conveniente e levemente deliberada?) falha de comunicação. A gerente me ofereceu um cartão sem anuidade. Caiu a anuidade. A moça do telefone me disse que o banco não oferece cartões sem anuidade. Começa o ping-pong. Liga para a gerente. Liga para a Rosicleidinéia. Liga para a gerente. Liga para a Meirielena, porque a Rosicleidinéia já sumiu...
Meu chefe me diz que essas coisas acontecem o tempo todo, e tenho que desencanar. Paga logo, 70 reais por ano, o que são 70 reais por ano? É ou isso ou ficar menos conveniente comprar pela internet, viajar para o exterior, parcelar compras, etc... e eu já pensando em fazer um cartão pagando mesmo, então não fez diferença. A promessa do cartão sem anuidade foi só uma "apressadinha". E olha só que exercício de tolerância e adaptabilidade zen para você que é todo espiritual...
Mas é isso que eu não consigo aceitar. O fato do segundo maior banco do Brasil usar desse truquezinho de moleque malcriado, e depois correr para se esconder atrás das saias das Rosicleidinéias e Meirielenas, me deixa muito, muito puto. É simbólico do enraizamento da cultura do malandro em tudo que se faz nesse país (oh não, mais um post "que país é esse"!!!). Não é nem um símbolo decente, porque um símbolo é sutil e necessita interpretação. Não. Este símbolo é escancarado, deliberado, esculachado, berrante, espaçoso.
Espaçoso. Quase igual essas gangues de analistinhas fdps que ficam andando na Faria Lima ocupando a calçada inteira, de camisa social aberta mostrando o peitinho estufado, e sem se mexer um cm para deixar as pessoas passarem. Exatamente igual, de fato muitos caras assim com certeza trabalham na porra do banco. A camisa social para falar que é chique. O peitinho estufado para falar que é confiante e moderno. E a completa falta de educação, consideração pelas pessoas e senso estético dão o tom geral da qualidade do serviço.
Escancarado, deliberado, esculachado, berrante. Quase igual às demonstrações de impressionante estupidez e falta de bom senso que chovem no meu Facebook todos os dias.
É um sinal dos tempos. Tudo é tão conectado e alinhado em torno da incompetência conveniente que me dá desespero.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Um BOM chocolate
Estou com vontade de tomar um bom chocolate. Mas um bom chocolate de verdade. Digo isso porque mesmo em certas casas caras por aí das últimas vezes que eu pedi chocolate esperando ser surpreendido (expectativas do tipo: será que vem uma barra de chocolate derretida?) veio leite com Nescau, ou algo muito parecido com isso. Daí não dá né? R$ 5 pra tomar uma xicrinha de Nescau é demais... ainda mais com leite desnatado...
Aí eu olho minhas opções: caixinha de Toddynho é uma boa opção. Mas ultimamente tenho a impressão que eles põem alguma porcaria lá no meio para engrossar o leite disfarçar que aquilo não é água com açúcar. E aí sempre que eu tomo Toddynho depois do terceiro gole eu já não sinto mais nada do gosto que deveria ter.
Isso praticamente esgota minhas possibilidades de tomar chocolate fora de casa. Em casa, as opções são bem melhores: a primeira é comprar leite integral fresco na padaria e uma lata de Nescau. E bater. Se não bater não fica bom. Essa é uma boa opção, prática, rápida e satisfatória. A outra opção, um pouco melhor e mais trabalhosa, é fazer com chocolate em pó e açúcar. Também é uma boa opção, mas tenho bode de chocolate em pó porque sempre faço sujeira com aquilo... A última opção é o bom o velho submarino... mas aí precisa por o leite no fogo, então dá bem mais trabalho e eu tenho preguiça!
Isso é uma coisa foda, acho que posso dizer, da cultura e economia brasileira. Porque o empresário brasileiro está constantemente sufocado por regulações, impostos, concorrência e diversas outras pressões de custo, e também porque o consumidor brasileiro olha muito mais preço e ainda não foi "educado" para apreciar diferenças de qualidade, parte da pressão de custo é repassada via qualidade em vez de via preço. E com isso simplesmente não posso tomar um bom chocolate se não for em casa e tendo um liquidificador e um fogão disponível! Revoltante!
Devia ter uma opção nas lanchonetes/cafés por aí: no meio de todos os itens de R$ 7 para baixo, itens com nomes "Chocolate realmente BOM", ou "Cappuccino de VERDADE", com preços de R$ 11 para cima, que seja... e na descrição deles, algo como "satisfação de verdade, chega de surpresas como pó de chocolate empapado no meio da sua bebida, nada de leite longa vida desnatado amanhecido, nada de colocar espuma até metade do copo para disfarçar que não vem nada no seu pedido mesmo..."
segunda-feira, 12 de março de 2012
Direitos e......
Pelo mundo inteiro falamos de direitos. Direitos humanos, direito do consumidor, tal recurso é seu direito, direito dos criminosos, e por aí vai. Até aí tudo bem. Tudo ótimo.
Mas...
Acho que a última vez que eu ouvi falar em deveres foi na aula extra-curricular de cidadania que tive na quarta-série do ensino fundamental.
Chega de enxergar a vida só pelo lado fácil...
Mas...
Acho que a última vez que eu ouvi falar em deveres foi na aula extra-curricular de cidadania que tive na quarta-série do ensino fundamental.
Chega de enxergar a vida só pelo lado fácil...
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
O politicamente correto é uma merda?
Há que se colocar as coisas no lugar aqui.
Sim, existem pessoas hipócritas. Sim, existem pessoas que usarão normas do politicamente correto para esconder suas próprias falhas e simplismos. Sim, existem pessoas que usarão o politicamente correto de modo automático e infundado. Sim, existem pessoas que o usarão para manipular pessoas e conseguir o que querem.
Mas uma coisa é as pessoas tentarem não ofender umas as outras. Outra coisa é como pessoas fracas, simplistas, maniqueístas desvirtuam essa tentativa. Daí já sair por aí fazendo o que bem entende, sem respeitar as opções e modo de vida dos outros, usando a desculpa de que o politicamente correto é uma merda, isso é ser tão fraco, simplista e maniqueísta quanto essas pessoas politicamente corretas que são consideradas tão chatas.
O politicamente correto só é uma merda no momento em que se percebe que mais importante que separar certo de errado é achar o que funciona e o que é realmente importante para cada um e para o conjunto social. Mas sob este prisma também o ataque ao politicamente correto perde fundamento.
No fim nada supera o bom senso e a vontade de ser melhor que si mesmo.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Azar ou simplesmente burrice?
Sabe quando você pensa que algo vai dar errado e dá?
Pois é, quando isso acontece, como normalmente reagimos? Eu não sei se posso afirmar categoricamente isso, mas eu particularmente - e praticamente todos que eu conheço - costumo me achar "zicado". Fato de que eu SOU azarado, muitas coisas bizarras e imprevisíveis parecem acontecer com mais frequência na minha vida do que na dos outros.
Mas quando o perigo pode ser avaliado e medido e mesmo assim optamos por ir contra todos os sinais, contra a probabilidade das coisas, ainda sim é azar? Se algo é passível de acontecer com qualquer um de nós, com a mesma probabilidade e não acontece com o seu vizinho ou seu colega de trabalho, mas acontece com você, isso é sorte (deles), azar (seu), uma fatalidade ou simplesmente burrice?
Concordo que vivemos em um mundo onde "sair de casa" já é algo relativamente perigoso. Se você vai a pé, pode ser assaltado no ônibus ou em qualquer momento em que estiver andando. De carro não muda muita coisa - ou você é assaltado dentro dele, ou te furtam quando você resolver deixar ele estacionado na rua.
Concordo também que viver pensando que isso tudo VAI acontecer não é produtivo. Primeiro porque alimentamos um medo desnecessário de viver (que abordei superficialmente no post anterior). Depois porque realmente não é algo que podemos prever ou controlar, logo, é uma perda de tempo ficar pensando nisso. Então por motivos práticos, acabamos nos programando mentalmente para aceitar essas fatalidades (eu diria, essas merdas) pra podermos seguir com nossas vidinhas.
Mas por exemplo, se você fosse uma mulher bonita, com um belo corpo e saisse com uma roupa EXTREMAMENTE chamativa, com um decote avantajado, uma saia extremamente curta, de salto alto, toda maquiada, perfumada, realmente vistosa e sensual e resolve caminhar sozinha às 2h da manhã por uma região onde notoriamente há pessoas bêbadas e/ou drogadas e tipos suspeitos, o que você acha que aconteceria? Ser violentada seria apenas uma questão de azar? Esse é um exemplo simplório, polêmico e apelativo sim, mas é para ilustrar como normalmente costumamos atribuir as desgraças que acontecem conosco a fatores externos, incontroláveis.
[Que fique claro que eu não defendo qualquer ato COVARDE de violência gratuita contra qualquer ser humano (mulher, homem, gay, idoso, mendigo, criança, etc). Tampouco estou defendendo que violência sexual seja justificável. Não é. A questão aqui não é o estupro, por isso não vou discutir sobre isso agora - daria um post inteiro e até mais.]
Peguei um caso simplista, absurdo e hipotético, justamente por ser também o cenário normalmente imaginado quando se menciona a palavra "estupro". A escolha desse exemplo foi para ilustrar as nuances entre RESPONSABILIDADE E CULPA. Em Direito, o termo "culpa" é sinônimo de responsabilidade. Responsabilidade por um ato, fato, atitude que tenha resultado em um desfecho que pressuponha dano ou prejuízo material ou moral. Ou seja, um médico que pratica uma cirurgia, comete um erro e o paciente venha a sofrer danos irreversíveis ou a morte é CULPADO. Um motorista de ônibus que atropela um ciclista é CULPADO. A culpa no campo jurídico nada implica em INTENÇÃO ou má-fé, mas sim a atribuição da responsabilidade.
Inclusive, para quem nunca parou para pensar a respeito, responsabilidade não signfica mais do que "responder por algo". Responsabilidade está ligado à "obrigação" que alguém carrega de responder por algo ou alguém. Quantas vezes não ouvimos "Quem é o responsável desta área?", em acordo com "Quem é o encarregado?". A responsabilidade então assume um caráter de "fardo", de "obrigação" e por que não dizer, até de "zelo"? A culpa por outro lado, já assume um caráter NEGATIVO da responsabilidade (ou não responsabilidade, negligência), quase como se implicasse na incapacidade do responsável de executar suas incubências da forma adequada/esperada/prevista/"correta". O médico faz um juramento e sabe que é responsável pela vida de seus pacientes - sabe que um "erro" não implica apenas em uma punição formal, seu emprego ou sua reputação, mas a vida de um ser humano. Se seu paciente morre por um erro seu, ele falhou com sua responsabilidade - executou mal aquilo que lhe era exigido. A culpa sempre está ligada a um desfecho indesejado, um desvio, um erro, uma fatalidade. Por isso culpa também é o sentimento de remorso, dor e arrependimento ligados à noção de responsabilidade que um tem sobre determinado evento. Quando "algo ruim" acontece, de um vaso quebrado dentro de casa a um relatório impreciso dentro de uma emprea, quantas vezes tentamos achar o "culpado"?
Voltando ao exemplo do estupro, por mais que seja um absurdo imaginar que uma situação dessas seja verdade, já ouvimos casos de juízes preterindo vereditos em que a vítima foi acusada de ser culpada pelo ato, pois "provocou" o agressor estando vestida de tal forma. Sem entrar nas discussões morais (e sem me chamar de machista, por favor), devemos levar em conta que nada é "isolado". Temos que levar em conta o contexto, o cenário, a realidade. No exemplo hipotético que citei, por mais ridículo e absurdo que seja, alguém consegue imaginar que um estupro NÃO aconteceria? Ou então, mesmo sem justificar o ato, não é fácil racionalizar e pensar "bom, também ela quase pediu por isso né?". Como quando vemos um domador de leões - ou de jacarés, se faz alguma diferença - sendo mordido pela fera. Então nesse caso específico que citei, embora a vítima não "desejasse" ser violentada, ela estava ciente dos perigos de sair trajada de tal forma em tal região. Por mais que estupro seja um crime, por mais que a culpa seja do agressor, devemos facilitar ou criar oportunidades para que isso aconteça? Se você está ciente dos perigos e riscos e mesmo assim resolve ir contra "o bom senso" e se arriscar, por mais que a CULPA seja de quem comete o crime, você não tem responsabilidade também por ter "facilitado"?
Outro exemplo: o Canadá é bastante conhecido pela baixa criminalidade a ponto de em várias cidades as pessoas não terem o hábito de trancarem as portas de suas casas. Isso para nós que vivemos no Brasil é quase absurdo, mas a realidade lá é essa. Não significa que se você deixar a porta aberta e um ladrão entrar e roubar metade das suas coisas, a culpa será sua. Mas se você fizer isso aqui e for roubado, aposto que 90% das pessoas que soubessem do fato iriam acham que sim, você foi "em parte" responsável pelo próprio roubo - e possivelmente você é um idiota.
Aí eu finalmente chego onde queria chegar: o quanto nos abstemos de nossas "culpas" o tempo inteiro. Sempre que acontece uma "cagada", normalmente soltamos (ou ouvimos) um "Ah, mas eu não sabia!". Balela. Não sabia o cac*te. Talvez você não soubesse de todos os riscos envolvidos, mas você PENSA, não pensa? Consegue somar 1+1? Consegue ler, observar, ouvir o que os outros dizem? O fato de você não saber especificidades ou detalhes não implica que você não possa SE INFORMAR. E não implica que você tenha o direito de errar simplesmente por não saber. Errar por omissão ou falta de conhecimento não descaracteriza o erro.
O problema é que acabamos transferindo essa atitude de "não é comigo" ou "a culpa não é minha" para tudo em nossas vidas. A culpa (ou parte dela) é sua sim, cara!!! Você namora há mais de dois anos com a mesma pessoa e sabe que ela é "desligada", distraída e meio "aérea". Porra, como você vai reclamar que ele(a) vai sair pra tomar um chopp com os amigos e esqueceu que no final de semana vocês tinham combinado de ir naquela festa super-chata daquela sua amiga que ele(a) viu uma vez e nem lembra o nome? Por favor né?
Ou então você pára seu carro na rua em uma região que rola muito furto, sabendo que a merda do modelo que você tem ainda por cima é MUITO fácil de roubar e consequentemente, muito visado pelos criminosos e depois vai ficar choramingando porque levaram seu rádio e seu estepe?
Sabe aquele seu amigo que SEMPRE se atrasa? O cara é enrolado e demora no mínimo duas horas pra sair de casa depois do horário combinado. Como você ainda fica puto quando você marca uma coisa e ele chega 3 horas depois?
Nós nos acostumamos demais a achar que o problema são sempre "os outros" ou "as coisas". Nunca somos nós. Não é porque eu fui imprudente que meu carro foi roubado, foi puro "azar". Não, minha namorada não terminou comigo porque além de vagabundo eu sou insensível e não presto atenção nela, não, a gente terminou porque não rolava mais "química" entre nós. Não, aquela entrevista de emprego não deu em nada porque aquela entrevistadora era uma idiota que só falava besteira, e, pensando bem, eu nem precisava daquele emprego. O fato de eu sempre quebrar a cara com as mesmas pessoas é puro azar. As vezes bate de estarmos de mau humor ao mesmo tempo, sei lá. Deve ser alguma coisa dos astros e tal. É coisa do acaso... Não, porra! É burrice, burrice de errar constantemente e insistir nos mesmos erros!
Antes eu pensava "como sou azarado". Depois passei a perceber que "a culpa é minha". Hoje sei que "eu sou mesmo é burro pra caralho".
Cagada demais na vida é burrice e nada mais...
Pois é, quando isso acontece, como normalmente reagimos? Eu não sei se posso afirmar categoricamente isso, mas eu particularmente - e praticamente todos que eu conheço - costumo me achar "zicado". Fato de que eu SOU azarado, muitas coisas bizarras e imprevisíveis parecem acontecer com mais frequência na minha vida do que na dos outros.
Mas quando o perigo pode ser avaliado e medido e mesmo assim optamos por ir contra todos os sinais, contra a probabilidade das coisas, ainda sim é azar? Se algo é passível de acontecer com qualquer um de nós, com a mesma probabilidade e não acontece com o seu vizinho ou seu colega de trabalho, mas acontece com você, isso é sorte (deles), azar (seu), uma fatalidade ou simplesmente burrice?
Concordo que vivemos em um mundo onde "sair de casa" já é algo relativamente perigoso. Se você vai a pé, pode ser assaltado no ônibus ou em qualquer momento em que estiver andando. De carro não muda muita coisa - ou você é assaltado dentro dele, ou te furtam quando você resolver deixar ele estacionado na rua.
Concordo também que viver pensando que isso tudo VAI acontecer não é produtivo. Primeiro porque alimentamos um medo desnecessário de viver (que abordei superficialmente no post anterior). Depois porque realmente não é algo que podemos prever ou controlar, logo, é uma perda de tempo ficar pensando nisso. Então por motivos práticos, acabamos nos programando mentalmente para aceitar essas fatalidades (eu diria, essas merdas) pra podermos seguir com nossas vidinhas.
Mas por exemplo, se você fosse uma mulher bonita, com um belo corpo e saisse com uma roupa EXTREMAMENTE chamativa, com um decote avantajado, uma saia extremamente curta, de salto alto, toda maquiada, perfumada, realmente vistosa e sensual e resolve caminhar sozinha às 2h da manhã por uma região onde notoriamente há pessoas bêbadas e/ou drogadas e tipos suspeitos, o que você acha que aconteceria? Ser violentada seria apenas uma questão de azar? Esse é um exemplo simplório, polêmico e apelativo sim, mas é para ilustrar como normalmente costumamos atribuir as desgraças que acontecem conosco a fatores externos, incontroláveis.
[Que fique claro que eu não defendo qualquer ato COVARDE de violência gratuita contra qualquer ser humano (mulher, homem, gay, idoso, mendigo, criança, etc). Tampouco estou defendendo que violência sexual seja justificável. Não é. A questão aqui não é o estupro, por isso não vou discutir sobre isso agora - daria um post inteiro e até mais.]
Peguei um caso simplista, absurdo e hipotético, justamente por ser também o cenário normalmente imaginado quando se menciona a palavra "estupro". A escolha desse exemplo foi para ilustrar as nuances entre RESPONSABILIDADE E CULPA. Em Direito, o termo "culpa" é sinônimo de responsabilidade. Responsabilidade por um ato, fato, atitude que tenha resultado em um desfecho que pressuponha dano ou prejuízo material ou moral. Ou seja, um médico que pratica uma cirurgia, comete um erro e o paciente venha a sofrer danos irreversíveis ou a morte é CULPADO. Um motorista de ônibus que atropela um ciclista é CULPADO. A culpa no campo jurídico nada implica em INTENÇÃO ou má-fé, mas sim a atribuição da responsabilidade.
Inclusive, para quem nunca parou para pensar a respeito, responsabilidade não signfica mais do que "responder por algo". Responsabilidade está ligado à "obrigação" que alguém carrega de responder por algo ou alguém. Quantas vezes não ouvimos "Quem é o responsável desta área?", em acordo com "Quem é o encarregado?". A responsabilidade então assume um caráter de "fardo", de "obrigação" e por que não dizer, até de "zelo"? A culpa por outro lado, já assume um caráter NEGATIVO da responsabilidade (ou não responsabilidade, negligência), quase como se implicasse na incapacidade do responsável de executar suas incubências da forma adequada/esperada/prevista/"correta". O médico faz um juramento e sabe que é responsável pela vida de seus pacientes - sabe que um "erro" não implica apenas em uma punição formal, seu emprego ou sua reputação, mas a vida de um ser humano. Se seu paciente morre por um erro seu, ele falhou com sua responsabilidade - executou mal aquilo que lhe era exigido. A culpa sempre está ligada a um desfecho indesejado, um desvio, um erro, uma fatalidade. Por isso culpa também é o sentimento de remorso, dor e arrependimento ligados à noção de responsabilidade que um tem sobre determinado evento. Quando "algo ruim" acontece, de um vaso quebrado dentro de casa a um relatório impreciso dentro de uma emprea, quantas vezes tentamos achar o "culpado"?
Voltando ao exemplo do estupro, por mais que seja um absurdo imaginar que uma situação dessas seja verdade, já ouvimos casos de juízes preterindo vereditos em que a vítima foi acusada de ser culpada pelo ato, pois "provocou" o agressor estando vestida de tal forma. Sem entrar nas discussões morais (e sem me chamar de machista, por favor), devemos levar em conta que nada é "isolado". Temos que levar em conta o contexto, o cenário, a realidade. No exemplo hipotético que citei, por mais ridículo e absurdo que seja, alguém consegue imaginar que um estupro NÃO aconteceria? Ou então, mesmo sem justificar o ato, não é fácil racionalizar e pensar "bom, também ela quase pediu por isso né?". Como quando vemos um domador de leões - ou de jacarés, se faz alguma diferença - sendo mordido pela fera. Então nesse caso específico que citei, embora a vítima não "desejasse" ser violentada, ela estava ciente dos perigos de sair trajada de tal forma em tal região. Por mais que estupro seja um crime, por mais que a culpa seja do agressor, devemos facilitar ou criar oportunidades para que isso aconteça? Se você está ciente dos perigos e riscos e mesmo assim resolve ir contra "o bom senso" e se arriscar, por mais que a CULPA seja de quem comete o crime, você não tem responsabilidade também por ter "facilitado"?
Outro exemplo: o Canadá é bastante conhecido pela baixa criminalidade a ponto de em várias cidades as pessoas não terem o hábito de trancarem as portas de suas casas. Isso para nós que vivemos no Brasil é quase absurdo, mas a realidade lá é essa. Não significa que se você deixar a porta aberta e um ladrão entrar e roubar metade das suas coisas, a culpa será sua. Mas se você fizer isso aqui e for roubado, aposto que 90% das pessoas que soubessem do fato iriam acham que sim, você foi "em parte" responsável pelo próprio roubo - e possivelmente você é um idiota.
Aí eu finalmente chego onde queria chegar: o quanto nos abstemos de nossas "culpas" o tempo inteiro. Sempre que acontece uma "cagada", normalmente soltamos (ou ouvimos) um "Ah, mas eu não sabia!". Balela. Não sabia o cac*te. Talvez você não soubesse de todos os riscos envolvidos, mas você PENSA, não pensa? Consegue somar 1+1? Consegue ler, observar, ouvir o que os outros dizem? O fato de você não saber especificidades ou detalhes não implica que você não possa SE INFORMAR. E não implica que você tenha o direito de errar simplesmente por não saber. Errar por omissão ou falta de conhecimento não descaracteriza o erro.
O problema é que acabamos transferindo essa atitude de "não é comigo" ou "a culpa não é minha" para tudo em nossas vidas. A culpa (ou parte dela) é sua sim, cara!!! Você namora há mais de dois anos com a mesma pessoa e sabe que ela é "desligada", distraída e meio "aérea". Porra, como você vai reclamar que ele(a) vai sair pra tomar um chopp com os amigos e esqueceu que no final de semana vocês tinham combinado de ir naquela festa super-chata daquela sua amiga que ele(a) viu uma vez e nem lembra o nome? Por favor né?
Ou então você pára seu carro na rua em uma região que rola muito furto, sabendo que a merda do modelo que você tem ainda por cima é MUITO fácil de roubar e consequentemente, muito visado pelos criminosos e depois vai ficar choramingando porque levaram seu rádio e seu estepe?
Sabe aquele seu amigo que SEMPRE se atrasa? O cara é enrolado e demora no mínimo duas horas pra sair de casa depois do horário combinado. Como você ainda fica puto quando você marca uma coisa e ele chega 3 horas depois?
Nós nos acostumamos demais a achar que o problema são sempre "os outros" ou "as coisas". Nunca somos nós. Não é porque eu fui imprudente que meu carro foi roubado, foi puro "azar". Não, minha namorada não terminou comigo porque além de vagabundo eu sou insensível e não presto atenção nela, não, a gente terminou porque não rolava mais "química" entre nós. Não, aquela entrevista de emprego não deu em nada porque aquela entrevistadora era uma idiota que só falava besteira, e, pensando bem, eu nem precisava daquele emprego. O fato de eu sempre quebrar a cara com as mesmas pessoas é puro azar. As vezes bate de estarmos de mau humor ao mesmo tempo, sei lá. Deve ser alguma coisa dos astros e tal. É coisa do acaso... Não, porra! É burrice, burrice de errar constantemente e insistir nos mesmos erros!
Antes eu pensava "como sou azarado". Depois passei a perceber que "a culpa é minha". Hoje sei que "eu sou mesmo é burro pra caralho".
Cagada demais na vida é burrice e nada mais...
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Death is the road to awe
This post will be in English. The reason? I feel like it...
So theses days I've been thinking a lot about life and death. Both in lyrical and literal ways.
What does "life" means? What "death" represents?
In our hyper-modern society, in which the progress of science and technology is constantly expanding our knowledge and creating resources that makes living easier and better, it strikes me as odd that we're so afraid of dying - but I would rather say we're also afraid of living.
It seems like a paradox, but in fact it's a matter of cause and effect. We always had the fear of death. Life became easier, we are living longer and we are cheating death better. But that's it, we are only CHEATING death. Death is unavoidable, so it still scares us.
But what is death? Some say death is the end, while others go as far as saying it's the beginning of something new. Some religions and cultures face death as merely the end of a cycle.
I believe death it's all that. Is an end, and hence, it's also the possibility of a new beginning. It's a step towards the unknown.
So why death still scares us so much? Because death represents uncertainty. We're used to grasp to our convictions, to our comfort places, to our routines, to people. We feel we NEED those things in order to live, we feel safe, we feel meaningful. And death has the power of taking away all that.
But nowadays we exist in a chaotic world. Humanity is going through one of its most disturbed, yet wonderful phases it ever faced. We have it all: the good, the bad, the beautiful and the ugly.
I think most people don't think about death on a daily basis. And it's common to hear people say they "are not afraid of death". But that's a lie, know why? You only know fear when you face it. It's easy to be fearless when you "know" (even if it's unconsciously) that your chances of dying are small. Real fear only comes with real danger.
Anyway, that's the literal death I was talking about - the decease of the body. We have built sufficient artifacts and tactics to preserve our physical integrity and that's why "death" it's not a daily, recurring concern to most healthy people.
We're living under an era of dictatorships: of beauty, of happiness, of social status, of money. You have to "be part" of those systems, you have to "belong" to certain groups so people can identify you, you have to be labeled and so we adapt, we learn how to "sell" ourselves - how to behave in order to be seen and treated the way we want. All this pressure put upon us acts like the "pressure" Nature itself exercises over all living beings: only the fittest wins.
Our fear of dying became the fear of failure, the fear of "being nobody" - being nobody is like not existing at all in this world, so it's pretty much like being "dead". And death being both "the end" and "the unknown", we tend to overreact when facing the end of things that are dear to us, the things we're used to, the things we hold on to.
With so many fear of all "deaths" that could happen in our lives, we live in fear and fear life - because the world is so dangerous and you can always get hurt.
But all things must pass. Everything must die, even though everything has its own time. So why deny? Why fight against it? Why blame? Why suffer? Why live in constant fear?
We just have to accept it. Death is part of Life - as life is part of death. Death is what gives life its meaning.
We must let things die. Only then there can be new life.
So theses days I've been thinking a lot about life and death. Both in lyrical and literal ways.
What does "life" means? What "death" represents?
In our hyper-modern society, in which the progress of science and technology is constantly expanding our knowledge and creating resources that makes living easier and better, it strikes me as odd that we're so afraid of dying - but I would rather say we're also afraid of living.
It seems like a paradox, but in fact it's a matter of cause and effect. We always had the fear of death. Life became easier, we are living longer and we are cheating death better. But that's it, we are only CHEATING death. Death is unavoidable, so it still scares us.
But what is death? Some say death is the end, while others go as far as saying it's the beginning of something new. Some religions and cultures face death as merely the end of a cycle.
I believe death it's all that. Is an end, and hence, it's also the possibility of a new beginning. It's a step towards the unknown.
So why death still scares us so much? Because death represents uncertainty. We're used to grasp to our convictions, to our comfort places, to our routines, to people. We feel we NEED those things in order to live, we feel safe, we feel meaningful. And death has the power of taking away all that.
But nowadays we exist in a chaotic world. Humanity is going through one of its most disturbed, yet wonderful phases it ever faced. We have it all: the good, the bad, the beautiful and the ugly.
I think most people don't think about death on a daily basis. And it's common to hear people say they "are not afraid of death". But that's a lie, know why? You only know fear when you face it. It's easy to be fearless when you "know" (even if it's unconsciously) that your chances of dying are small. Real fear only comes with real danger.
Anyway, that's the literal death I was talking about - the decease of the body. We have built sufficient artifacts and tactics to preserve our physical integrity and that's why "death" it's not a daily, recurring concern to most healthy people.
We're living under an era of dictatorships: of beauty, of happiness, of social status, of money. You have to "be part" of those systems, you have to "belong" to certain groups so people can identify you, you have to be labeled and so we adapt, we learn how to "sell" ourselves - how to behave in order to be seen and treated the way we want. All this pressure put upon us acts like the "pressure" Nature itself exercises over all living beings: only the fittest wins.
Our fear of dying became the fear of failure, the fear of "being nobody" - being nobody is like not existing at all in this world, so it's pretty much like being "dead". And death being both "the end" and "the unknown", we tend to overreact when facing the end of things that are dear to us, the things we're used to, the things we hold on to.
With so many fear of all "deaths" that could happen in our lives, we live in fear and fear life - because the world is so dangerous and you can always get hurt.
But all things must pass. Everything must die, even though everything has its own time. So why deny? Why fight against it? Why blame? Why suffer? Why live in constant fear?
We just have to accept it. Death is part of Life - as life is part of death. Death is what gives life its meaning.
We must let things die. Only then there can be new life.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Dá zero pra ele!
Bom, faz um tempo que não postamos nada aqui. Infelizmente minha inspiração secou. Ando num tédio só e num bloqueio do tamanho da lua.
Achei esse video quando tava vagando perdido pela net no meio do tédio do sono que nunca vem.
Nota: Na falta de coisa melhor, achei que poderia (repito: PODERIA) ser algo interessante - ou que pudesse gerar qualquer conversa/discurso/reflexão/blargh. Na verdade, já mudei de idéia e acho que vai ser um post de bosta, mas como eu tô entediado e faz tempo que não posto nada, vou postar assim mesmo.
Confesso que me deliciei com o que vi. Aliás, se tem um tipo de prazer pra mim que é comparável a ter um orgasmo pulando de pára-quedas e sob efeito de drogas alucinógenas é ver um "babaca" "se f*dendo". Não sei, é um tipo de prazer sádico e irremediável, um sensação quente e confortante de justiça sendo feita, de alguma esperança na humanidade, sei lá...
Aí, sei lá por que, resolvi estimular o lado masoquista, já que o sádico estava tão aflorado e comecei a ler os comentários. Putaqueopariu, não me conformo como tem gente retardada nesse mundo.
Eu particularmente achei que o cara, além de ser um PUTA DUM BABACA pra fazer isso que ele fez deve ser meio retardado mental - talvez tente alegar insanidade em sua defesa. E achei ótimo que prenderam o féla. Mais do que justo. Mas aí vem um ou outro e fala "nossa, mas a polícia foi super errada né, porque, tipo assim, pode prender, dar voz de prisão né, mas não pode apontar a arma né e poxa, os direitos humanos, como que ficam né? isso é abuso de autoridade, né e bla bla bla né? #chaticedocaralhoeterna". Pois é, aí eu mando essa:
Você espertalhão de plantão que julga saber sobre procedimentos policiais, me responda à seguinte pergunta: VOCÊ, se fosse um babaca desses (desculpa, mas é o que esse mané é pra mim), possivelmente drogado, provavelmente embriagado (porra, quem em sã consciência faz um bagulho desses, num lugar desses, a essa hora do dia?) pararia com um simples silvo ou grito de "Pare!"? Acho que não né... o cara é um imbecil e estava representando SIM um perigo iminente. Se você prestar um pouco de atenção, os policiais foram BEM rápidos em interceptá-lo. Provavelmente estavam esperando que ele terminasse o cavalo de pau para poderem se aproximar - pois eles se aproximam logo que ele termina. Se prestar mais atenção, dá pra perceber que ele estava acelerando e provavelmente sairia em arrancada - mas foi interceptado antes, por isso deu uma freada brusca. Perceba ainda que o indivíduo parou no meio das duas faixas, porque assim que arrancou ele JÁ SAIU no meio das duas faixas. Essa anta poderia ter causado acidente em diversas ocasiões - ELE ESTAVA NO MEIO DE UM CRUZAMENTO, não era nem uma rotatória... Então, por favor, não falem merda sobre "procedimento" e "conduta" contra "cidadãos de bem", porque com certeza, naquele momento, esse infeliz não era um MESMO. E notem que TODA a abordagem foi bem correta: não houve uso ou abuso de força e depois que o "elemento" (hahaha) já estava no chão, TODOS os agentes da lei guardaram suas armas no coldre, ninguém ficou apontando e fazendo terror não (talvez porque queriam dar o exemplo certo, né? afinal, era um colégio militar...). Ainda digo mais, reparem que logo que o suspeito acaba de se render e está sendo revistado, a policial parte imediatamente para controlar o tráfego na rua.
Mas se fosse só isso tava bom né? Se fosse só gente julgando a ação dos policias, eu acho que eu nem ia dar muita bola. O pior é que tem gente que apóia e incentiva esse tipo de babaquice. Sinceramente, eu não ligo se você é um bosta inseguro na vida e acha que é melhor ou "mais macho" por dar uma corridinha com seu carro podre "pseudo-tunado" e acha que é muito maneiro porque sabe cantar pneu e participar de "rachas". Na real? Se você for desse tipo, eu espero mesmo é que um dia você seja preso ou que seu carro capote no rio e você morra afogado - e se Deus for realmente generoso, nunca vão encontrar o seu corpo. Mas achar que um mané desses merece qualquer tipo de elogio, ou pior, achar que uma exibição de "malandragem" é algo louvável, eu digo: você é um babaca covarde.
O mais engraçado (ou triste, sei lá) desse tipo de comentário, é que normalmente eles são acompanhados de um "dahora, mas se fosse eu, tinha dado um olé nos coxinhas e vazado"... HUM... Claro, coisa de cabra macho MESMO. Hahahahaha, eu acho engraçado, mas acho que deveria ser algo triste. Um indivíduo assim não pode bater bem da cabeça - ou no mínimo, tem sérios problemas de auto-estima. Acho incrível como nas internet tem gente que A-DO-RA pagar de "malandrão" tb... Aliás, acho que é um mal desse século, os "machões virtuais", inflados de uma "coragem" que não existe e protegidos pelo sigilo do anonimato. "Se fosse eu, deixava a polícia pra trás", claro, com um tiro nessa sua nuca imprestável! Ah mano, jura mesmo que com uma arma apontada pra SUA CARA, você ia dar uma de gostosão? Ah, vá, falar na net é fácil né!
Até pensei em comentar o seguinte: "Para todo malandrão que deixaria a polícia para trás, sugiro um desafio. Vai lá garotão: cola na frente de uma DP (já que é tão macho, acho que um simples colégio militar é pouco para você), faz uma graça dessa, grava e sobe aí pra gente ver..." Depois desisti, vi que não valia a pena comprar briga com gente que nem sabe escrever direito e que provavelmente me atormentaria com ofensas pessoais, insultos e todo tipo de babaquice de gente covarde e desocupada.
E aí eu me cansei de tudo nesse video e resolvi vir pra cá compartilhar meu desgosto com a vida. E voltei à realidade do mundo. Quanta gente retardada do caralho. Até me dói. Dói tudo: o estômago, os olhos, a mandíbula, a consciência, os humores, e, principalmente, os dedos.
Achei esse video quando tava vagando perdido pela net no meio do tédio do sono que nunca vem.
Nota: Na falta de coisa melhor, achei que poderia (repito: PODERIA) ser algo interessante - ou que pudesse gerar qualquer conversa/discurso/reflexão/blargh. Na verdade, já mudei de idéia e acho que vai ser um post de bosta, mas como eu tô entediado e faz tempo que não posto nada, vou postar assim mesmo.
Confesso que me deliciei com o que vi. Aliás, se tem um tipo de prazer pra mim que é comparável a ter um orgasmo pulando de pára-quedas e sob efeito de drogas alucinógenas é ver um "babaca" "se f*dendo". Não sei, é um tipo de prazer sádico e irremediável, um sensação quente e confortante de justiça sendo feita, de alguma esperança na humanidade, sei lá...
Aí, sei lá por que, resolvi estimular o lado masoquista, já que o sádico estava tão aflorado e comecei a ler os comentários. Putaqueopariu, não me conformo como tem gente retardada nesse mundo.
Eu particularmente achei que o cara, além de ser um PUTA DUM BABACA pra fazer isso que ele fez deve ser meio retardado mental - talvez tente alegar insanidade em sua defesa. E achei ótimo que prenderam o féla. Mais do que justo. Mas aí vem um ou outro e fala "nossa, mas a polícia foi super errada né, porque, tipo assim, pode prender, dar voz de prisão né, mas não pode apontar a arma né e poxa, os direitos humanos, como que ficam né? isso é abuso de autoridade, né e bla bla bla né? #chaticedocaralhoeterna". Pois é, aí eu mando essa:
Você espertalhão de plantão que julga saber sobre procedimentos policiais, me responda à seguinte pergunta: VOCÊ, se fosse um babaca desses (desculpa, mas é o que esse mané é pra mim), possivelmente drogado, provavelmente embriagado (porra, quem em sã consciência faz um bagulho desses, num lugar desses, a essa hora do dia?) pararia com um simples silvo ou grito de "Pare!"? Acho que não né... o cara é um imbecil e estava representando SIM um perigo iminente. Se você prestar um pouco de atenção, os policiais foram BEM rápidos em interceptá-lo. Provavelmente estavam esperando que ele terminasse o cavalo de pau para poderem se aproximar - pois eles se aproximam logo que ele termina. Se prestar mais atenção, dá pra perceber que ele estava acelerando e provavelmente sairia em arrancada - mas foi interceptado antes, por isso deu uma freada brusca. Perceba ainda que o indivíduo parou no meio das duas faixas, porque assim que arrancou ele JÁ SAIU no meio das duas faixas. Essa anta poderia ter causado acidente em diversas ocasiões - ELE ESTAVA NO MEIO DE UM CRUZAMENTO, não era nem uma rotatória... Então, por favor, não falem merda sobre "procedimento" e "conduta" contra "cidadãos de bem", porque com certeza, naquele momento, esse infeliz não era um MESMO. E notem que TODA a abordagem foi bem correta: não houve uso ou abuso de força e depois que o "elemento" (hahaha) já estava no chão, TODOS os agentes da lei guardaram suas armas no coldre, ninguém ficou apontando e fazendo terror não (talvez porque queriam dar o exemplo certo, né? afinal, era um colégio militar...). Ainda digo mais, reparem que logo que o suspeito acaba de se render e está sendo revistado, a policial parte imediatamente para controlar o tráfego na rua.
Mas se fosse só isso tava bom né? Se fosse só gente julgando a ação dos policias, eu acho que eu nem ia dar muita bola. O pior é que tem gente que apóia e incentiva esse tipo de babaquice. Sinceramente, eu não ligo se você é um bosta inseguro na vida e acha que é melhor ou "mais macho" por dar uma corridinha com seu carro podre "pseudo-tunado" e acha que é muito maneiro porque sabe cantar pneu e participar de "rachas". Na real? Se você for desse tipo, eu espero mesmo é que um dia você seja preso ou que seu carro capote no rio e você morra afogado - e se Deus for realmente generoso, nunca vão encontrar o seu corpo. Mas achar que um mané desses merece qualquer tipo de elogio, ou pior, achar que uma exibição de "malandragem" é algo louvável, eu digo: você é um babaca covarde.
O mais engraçado (ou triste, sei lá) desse tipo de comentário, é que normalmente eles são acompanhados de um "dahora, mas se fosse eu, tinha dado um olé nos coxinhas e vazado"... HUM... Claro, coisa de cabra macho MESMO. Hahahahaha, eu acho engraçado, mas acho que deveria ser algo triste. Um indivíduo assim não pode bater bem da cabeça - ou no mínimo, tem sérios problemas de auto-estima. Acho incrível como nas internet tem gente que A-DO-RA pagar de "malandrão" tb... Aliás, acho que é um mal desse século, os "machões virtuais", inflados de uma "coragem" que não existe e protegidos pelo sigilo do anonimato. "Se fosse eu, deixava a polícia pra trás", claro, com um tiro nessa sua nuca imprestável! Ah mano, jura mesmo que com uma arma apontada pra SUA CARA, você ia dar uma de gostosão? Ah, vá, falar na net é fácil né!
Até pensei em comentar o seguinte: "Para todo malandrão que deixaria a polícia para trás, sugiro um desafio. Vai lá garotão: cola na frente de uma DP (já que é tão macho, acho que um simples colégio militar é pouco para você), faz uma graça dessa, grava e sobe aí pra gente ver..." Depois desisti, vi que não valia a pena comprar briga com gente que nem sabe escrever direito e que provavelmente me atormentaria com ofensas pessoais, insultos e todo tipo de babaquice de gente covarde e desocupada.
E aí eu me cansei de tudo nesse video e resolvi vir pra cá compartilhar meu desgosto com a vida. E voltei à realidade do mundo. Quanta gente retardada do caralho. Até me dói. Dói tudo: o estômago, os olhos, a mandíbula, a consciência, os humores, e, principalmente, os dedos.
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